segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

#HUMOR

Quais são os elementos necessários à gênese do humor numa peça?
Dentro do chuveiro eu costumo ter essas inquietações. E já não posso mais gastar água enquanto exploro as tantas possibilidades. 
Então eu fico repetindo a inquietação para que não me esqueça dela...Quais os elementos necessários à gênese do humor numa peça de teatro...Quais os elementos necessários....Necessários ao que mesmo?
Quais seriam?  A combinação de coisas incombináveis? A incompatibilidade entre o que vemos e o que ouvimos? A dualidade que nos tira da certeza, que nos coloca no vazio, e que portanto nos faz leves.
Surpreender talvez esteja na essência que aparece como denominador comum das várias coisas sobre as quais pensei: o dinamismo do vaudeville provoca uma avalanche de surpresas, a ironia nos presenteia com um personagem que age totalmente diferente do que fala...e nos surpreende...A história que se perdeu em algum momento e que volta, e que nos surpreende.
Arquitetar as surpresas é o grande desafio do roteirista de humor. 

#DRAMATURGIA

Dramaturgia é a mola que dá movimento à vida. Quando algo acontece, aí está uma dramaturgia. Quando nada acontece, não há dramaturgia. Um herói sem vilões não pode se mostrar herói. 
Dramaturgia é a arte de se colocar problemas na vida de alguém para que esse alguém mostre seu lado herói. 
A melhor interpretação que podemos dar à vida é a de que nada que fizemos foi em vão. Que cada passo, entendido só mais tarde, foi perfeito. 

A MOLA

Dramaturgia é a mola que dá movimento à vida. Quando algo acontece, aí está uma dramaturgia. Quando nada acontece, não há dramaturgia. Um herói sem vilões não pode se mostrar herói. 
Dramaturgia é a arte de se colocar problemas na vida de alguém para que esse alguém mostre seu lado herói. 
A melhor interpretação que podemos dar à vida é a de que nada que fizemos foi em vão. Que cada passo, entendido só mais tarde, foi perfeito. 


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Já pensei em escrever um romance sobre uma pessoa que assistia a tantos filmes, sobre tantos assuntos, que ficou experiente em muitas coisas que nunca tinha verdadeiramente experimentado. 
A pessoa teria se tornado genial, uma espécie de Deus, capaz até de prever o futuro. Rapidamente conheceria a história das pessoas que passam por ela, apenas observando suas ações, seus trajes, sua forma de andar, de olhar, de franzir as sobrancelhas, de falar com alguém no celular. Muitos personagens conhecidos ao longo da vida haviam enriquecido o meu herói com um extraordinário senso de percepção do outro. 
Talvez eu nunca escreva algo assim. Mas vivo satisfeito a experiência de já ter visto muitos filmes e com eles vivido muitas vidas. 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

O QUE HÁ SOB O VÉU

O humor é dramatúrgico em sua essência. Contrapõe uma percepção comum a uma associação incomum. Nesse embate de forças, rápido que seja, chega-se à síntese libertadora, à sensação de transcendência. 
É por isso que o humor faz germinar epifanias, revoluções, catarses. 
O humor é marginal, porque agride os padrões estabelecidos. Faz incendiar a torre de babel. 
O humor é ficcional. Extrapola os limites da razão, para expor a sua fragilidade, a sua pseudosegurança. O humor despreza verdades totêmicas e estabelece conflitos. 
O humor promove o necessário distanciamento para que vejamos as coisas como elas nunca foram, para que o tédio se fragmente em partes tão hilariantes quanto o erro e o despropósito. 
O humor é um tipo de meditação ativa. Ele está no olhar inquieto, que não se conforma com a estagnação. O humor tem uma curva dramática que na maioria das vezes não enxergamos, e quanto menos a enxergamos, melhor será o efeito da mágica. 

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

eu gosto de dramaturgia desde pequeno, quando observava pessoas passando e imaginava sua história.
tudo tem que fazer parte de uma história pra ter sabor. pequenas coisas. um bombom na mesa terá um outro valor se ele foi planejado e essa trama é que encanta o ser humano. 
não é bombom. é a história do bombom. na história de alguém. 
alguéns. 

neste blog, pra quem está chegando agora, eu conto algumas percepções cotidianas que o meu olhar de roteirista me presenteia, para que eu possa presentear a quem aparece por aqui.

acho que olhar bom é uma coisa que todo mundo pode dar e nunca vai faltar