quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Me perguntaram por que eu tinha tantos blogs. Eu respondi que cada espaço nos convida a ser alguma coisa. Eu fico me arranjando razões para escrever, que é o que eu mais gosto de fazer na vida, e que faço pouco, porque tenho contas a pagar e porque artista pobre é uma boa dramaturgia.

Eu sou um anticonsumista convicto. Acho que ninguém precisa de nada para ser feliz. Mas eu preciso entender a cabeça das pessoas que não pensam como eu, porque o preconceito aliena o artista.

Eu estou sempre pensando em boas histórias, mas tenho preferido não anotá-las para que eu possa viver achando que elas eram realmente boas. Ou porque talvez prefira não interromper o fluxo. Porque uma boa história não pode ser silenciada por notas. E as histórias todas vão para um grande baú inconsciente e se misturam do jeito certo, na hora certa.

Acho que toda descoberta da humanidade merece ser compartilhada e cada ato autêntico é uma descoberta para a humanidade. Vejo que aos poucos a imagem idealizada que cada um de nós cria nas redes sociais vai dando lugar a uma cultura de maior transparência e verdade, porque as pessoas estão se cansando de gastar energia administrando mentiras.

E quanto mais autênticas são as pessoas, mais interessantes elas ficam, porque se deslocam da visão massificada que temos de tudo.

Tenho descoberto personagens tão interessantes que duvido até que qualquer história com eles seja mais interessante do que a própria convivência.